08/01/2011
Primeira aula de 2011
Depois de uma discussão pra lá de quente com uma das minhas melhores amigas, que quase causou o "suicídio" da ida ao show da Amy Winehouse, no próximo dia 11, fui eu para minha primeira aula de canto de 2011, com as mãos tremendo, e coração aflito, mas respirei fundo e segui o fluxo.
Flavinho estava cheio de novidades, e me fez assinar alguns papéis, todos eles muito dignos, diga-se de passagem, tratavam de burocracias importantes para proteção dele, enquanto profissional da música, e de nós, alunos, como detentores de um aparelho fonador que deve se ter lá seu cuidados.
Além disso rolou uma espécie de balanço dos ultimos 17 meses de aulas. E nesse balanço, revelou-se meu registro vocal como soprano dramático, e das notas que já extendi durante esse percurso de trabalho pro grave e pro agudo, resultado?! Excelente!
Ganhei um artigo que fala especificamente sobre essa classificação vocal, para ter noção, e me proteger futuramente, quanto mais informada, menos perdida, certo?!
A aula foi bárbara, está tudo ficando mais "denso", no sentido do controle. Casta Diva, acho que estamos chegando na reta final. Pra relaxar rolou um Somewhere over the rainbow, do meu jeitinho jazz-lírico (feliz!).
Agora é definir pra onde vou, ópera? Estudar Jazz e ópera e vencer nos dois, parace que pra isso eu teria que ter mais gente trabalhando comigo, e não ter ficado tanto tempo sem estudar, sei lá, quem é que sabe?! Mas aí agora a noite me veio o estalo: Ok, eu sempre soube dessa coisa negra que existe em mim, quero isso, sou isso, mas tá sendo tão gostoso abrir esse leque do lírico, me imaginar ressoando em grandes teatros. Beleza, qual é a solução?! Bom a solução é o teatro musical, ok my boy. É isso! E quem sabe o que o destino reserva pra nós?! Ninguém, meu bem.
*************Eu só quero é ser feliz, e cantar dramaticamente por aí.****************
18/12/2010
Dia de Recital de fim de ano da escola
Bem, posso dizer que tudo estava desfavorável, muito calor, sala pequena, muita gente, zero acústica, e o piano cadê?! nem um pianinho digital pra fazer uma graça?! Não, sorry, a direção prometeu, mas não cumpriu. Cheguei bem bem atrasada, confesso que propositalmente, sabia que se chegasse cedo e encontrasse o tal cenário, iria pensar bem, e racionalmente me negar a participar daquilo, foi o melhor que fiz, chegar mais tarde. Tá vamos aquecer? Sim, mas como?! Sozinha, no meio do pátio?! No banheiro, o Flávio sugeriu, e como tudo que ele fala, eu respeito, lá fui eu me dirigir ao banheiro, rezando pra que não tivesse nenhuma alma por lá, mas ele me intercedeu a tempo de dizer que estava brincando comigo, aff.
Acho que aqueci mais meu coração do que a voz, naqueles minutos entre árvores e paredes brancas.
Enquanto aquecia, eu tentava desvendar a expressão do Flávio, com o que afinal ele estava chateado e apreensivo? Do que será que ele duvida, de mim, dele, de tudo? Mas lá no fundo eu sabia, que ele temia o desastre que podia ser cantar pra pessoas que não querem ouvir lírico, ou pelo menos que nem sabem que querem, naquelas circunstancias tão sonoramente terríveis. E eu só tinha uma certeza, que tinha que enfrentar, era pra isso que eu estava ali, pra me enfrentar, pra enfrentar meus monstros, e quaisquer outros que pudessem aparecer, e sabia que as armas tinham que ser belas e puras.
Antes de mim, meu colega de turma Léo, se apresentou, tocou e cantou uma música própria, e enquanto ele cantava, eu tentava absorver da letra o caminho, a energia, que eu precisava. A letra falava de uma moça que desconhece sua força. e que ela devia usa-la com alegria. Bastou! Era isso. Vamos levantar, e cantar, para o mio babbino caro, e pedir pietà com a veemencia que eu entendo que seja necessária.
Ainda estou pensando se devo postar ou não o video. Tecnicamente, existem erros, e os sinto tão grosseiros agora depois da poeira no chão, mas me sinto muito feliz, pois me senti de novo no palco como uma artista, uma atriz-cantora, uma cantora-atriz que entende seu personagem e se entrega a emoção de maneira justa para si e para quem esteja afim, que ensaia a música, e na hora H, tenta virar um barco que flutua, na tentantiva de mais uma vez ser o que o mestre escreveu. Viva a Música, viva o poder da transmutação!
29/11/2010
Bem, a aula de sábado babou, e não foi só a aula a ópera do Barbeiro de Servilha também, ócios de quem tenta contribuir pra não ser mais um estirado no chão, ou dando trabalho por aí, mas isso, bem isso, são outros 500.
Na ultima aula, eu finalmente peguei as partituras e "enfiei" no pendrive, assim como finalmente tirei cópia do que estava em falta, acho eu que não devo mais nada, mas parece que não é verdade, vai saber (hehe).
Minha vasta melancolia as vezes me empurra ladeira abaixo, quem me conhece rindo e brincando não imagina, que carrego tanta angustia, mas de tudo que tenho "cagado" a única coisa que tenho conseguido me manter firme (mesmo com a cara de ontem) são as minhas divinas aulas, algo que realmente me permito fazer sem culpa de ser feliz.
Tecnicamente, me lembro que fizemos alguns exercícios novos de agilidade, e depois já lá dos 20, 30 minutos de aquecimento, fui provocada pelo Flavinho a fazer algo que confesso que ao começar não tinha entendido ainda que "diabos" ele queria, já na carreira das notas mais agudas ele enfim, me disse bem da maneira que me parece mais justa. - Glaucinha o que quero é que você faça algo como aquelas cantoras de rock fazem, (acho que ele queria ver como faço os metálicos normalmente, lembrando que existem registros tecnicos para essas manobras radicais). Ah tá! aí foi né...rolou o grito colocado.
Cantamos só Casta Diva, ainda estranho alguns momentos, mas acho que agora sim tá começando a vir mais verdadeira a cantora lírica, que deve existir em mim.
23/11/2010
Desde o final do mês passado, temos conseguido fazer mais de uma aula por semana, o que tem sido bastante produtivo.
Hoje é dia de aula! 17h. Vou levar meu pen drive para trazer um conjunto de partituras de musicais e desenhos animados famosos. Preciso trabalhar nisso! :)
Mais tarde eu registrarei como foi a aula.
- A aula foi ótima, o problema das matizes está sendo superado com muito sucesso, já estou articulando bem as passagens, da voz de cabeça pro peito e mantendo bem as cores. Fizemos um exercício novo hoje, com as vogais, colocando bem no palato alto, e descendo as notas fechando a boca ainda com o palato alto, não senti o tal formigamento que o Flavinho disse, mas a sonoridade saiu como deveria.
Tenho que lembra-lo na próxima aula, que devemos sempre fazer o exercício de soprar, além de me deixar com o relaxamento devido, automaticamente a voz fica colocada pra frente, e eu paro de querer me escutar.
A Casta Diva, tá melhorando, o fá hoje ficou bem colocado, senti passar suave diferente da outra vez, e o si tá no lugar, mas ainda tenho dificuldade na agilidade o que levantaria a expressão. Pra variar a coisa da emoção é algo sempre muito peculiar, semana passada eu reclamei dizendo que a voz não estava no lugar, mas nunca interpretei de maneira tão livre, meu corpo estava indo, o lírico tem essa capacidade de me enlouquecer de vez em quando.
Glau vê se da próxima vez, toma vergonha na cara e leva a La traviata copiada, pleaaaase, e não esquece o pen drive!
Ah, outra coisa, indo até o ré no super agudo, continuar praticando sempre essa zona, porque os dramáticos tendem com a idade a perder algumas notas no super agudo no devorrer da vida, e vão ganhando mais corpo na zona abaixo, é lindo ficar com a voz poderosa, mas só quero perder um semitom, quando ficar velinha hahahaha
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